sexta-feira, 29 de março de 2013

PARTIDO SOCIALISTA AÇORES LAMENTA POSTURA INCOMPREENSIVEL DO GOVERNO DA REPÚBLICA

O Partido Socialista Açores considerou, hoje, “absolutamente lamentável a postura do Governo da República ao recusar ajudar os Açores e os açorianos na recuperação dos estragos das intempéries que assolaram a nossa Região recentemente”, afirmou Berto Messias numa declaração à Comunicação Social.
Segundo o Presidente do Grupo Parlamentar dos socialistas Açorianos “esta postura mostra, mais uma vez, que o actual Governo da República olha para os Açorianos como portugueses de segunda. Não percebemos esta atitude incompreensivel. Recordo por exemplo as ajudas que foram, e bem, desencadeadas à Madeira aquando das cheias e enxurradas naquele Arquipélago. Em que é que somos diferentes? O que é que motiva o Governo da República contra os Açores?”.
“Esperamos que o Governo da República repense esta postura e assuma as suas responsabilidades e que não pense que nos convence com artimanhas e truques como o de permitir o aumento do endividamento aos Municípios para que acedam a crédito para investimentos nas zonas atingidas, quando 90% das zonas afectadas são da tutela do Governo dos Açores”, afirma Messias.
Para o dirigente socialista “estamos a falar de uma questão muito séria, que não se compadece com posicionamentos ou tácticas politico-partidárias. Os nossos concidadãos do Faial da Terra, do Porto Judeu e das zonas afectadas não merecem esta atitude lamentável e incompreensível, os Açorianos não merecem isto. Somos portugueses iguais aos residentes na Madeira e no Continente”.
Berto Messias anunciou ainda que “levaremos ao Parlamento uma iniciativa que afirma a nossa posição contra esta atitude e esperamos que todos os partidos estejam ao lado do PS e do Governo na defesa da nossa Região e dos açorianos, numa matéria tão séria e tão sensível como esta”.

quarta-feira, 27 de março de 2013

segunda-feira, 25 de março de 2013

Duarte Moreira questiona Secretário Regional dos Recursos Naturais sobre investimentos para a ilha de Santa Maria

No âmbito da discussão do Plano e Orçamento para 2013, o deputado socialista Duarte Moreira questionou o Secretário Regional dos Recursos Naturais sobre os investimentos previstos no Plano para o presente ano para a ilha de Santa Maria.
 
O Deputado teve assim oportunidade de perguntar sobre os investimentos já iniciados, nomeadamente, o depósito de abastecimento de água do Juncal, em Santo Espirito, bem como a conclusão da asfaltagem do caminho do Facho, também naquela freguesia e ainda do Caminho do Monte Delgado/Favel, em São Pedro.
 
Como resposta, o Secretário Regional garantiu que estes investimentos serão concluídos no presente ano, esclarecendo que relativamente ao tanque de abastecimento de água do Juncal, este está praticamente concluído. Já no que se refere aos caminhos referidos, informou que a asfaltagem do caminho do Facho estará concluída no próximo Verão, bem como o alargamento e macadamização do caminho do Monte Delgado/Favel.
 
O Deputado Duarte Moreira teve ainda oportunidade de elogiar o trabalho que o Governo tem vindo a realizar na ilha de Santa Maria, destacando investimentos estruturantes para o sector, nomeadamente o sistema integrado de abastecimento de água, o novo matadouro e ainda o apoio para a organização e promoção da qualidade dos produtos.

Duarte Moreira defende medidas para setor primário competitivo e sustentável

 
O deputado socialista Duarte Moreira afirmou, esta quinta-feira, na Assembleia Legislativa dos Açores, que discussão das Orientações de Médio Prazo e do Plano Regional anual para 2013 não podem deixar de ter em conta a “enorme contração económica, de redução drástica da procura interna, ao que se junta agora, também, a diminuição da procura externa, como demonstra o abrandamento das exportações portuguesas, aliada a uma espiral de desemprego e de redução de rendimento real das famílias, fruto das políticas do Governo da República do PSD-CDS/PP”. Para além disso, Duarte Moreira destacou também o facto de este ser o último ano de aplicação do atual quadro comunitário de apoio, que vigorou entre 2007-2013.
Para o deputado eleito por Santa Maria, a Agricultura, “sendo um sector chave da economia açoriana e o seu principal sector exportador, fruto dos investimentos realizados ao longo dos últimos anos, conheceu um grande desenvolvimento quer ao nível das infraestruturas, na reestruturação agrícola, na modernização e diversificação das explorações e indústrias e no aumento do nível de formação e conhecimentos dos agricultores”. Esta circunstância, aliada a um bom programa de ajudas diretas às produções locais, através do POSEI, “teve um importante impacto, em particular nas fileiras do leite e da carne, mas também nos designados sectores da diversificação, cujos números não deixam duvidas da sua evolução, como se pode constatar nos resultados do recenseamento geral da agricultura de 2009.”
Duarte Moreira destacou, a propósito, vários indicadores como, por exemplo, o facto de a “percentagem de produtores com menos de 45 anos ser na região de 25%, em contraponto com o Continente com apenas 9%; o valor da produção padrão por unidade de trabalho ano ser nos Açores de 30,4 mil euros, em contraponto com os 12,3 mil euros no Continente; o aumento, em 172% na produção de iogurte; o aumento de 96,6% na produção de queijo; o aumento em 204% nos quilos de carne de bovino abatido e aprovado para consumo, ou o aumento da área dedicada a hortofrutícolas e florícolas, de 35% desde 2008”.
Na intervenção que realizou, esta quinta-feira, no debate do Plano e Orçamento no parlamento açoriano, Duarte Moreira defendeu que as orientações a médio prazo, 2013-2016, têm como principal objetivo aumentar o rendimento da produção regional, através do incremento das exportações e da contribuição que o sector pode dar para a contínua redução das importações. “Há que continuar a trilhar este caminho, há que continuar a investir em infraestruturas de ordenamento agrário, na modernização das fileiras regionais, no aumento de competências, na investigação e desenvolvimento, investindo-se também na redução dos custos de produção e na diminuição da dependência do exterior, bem como no trabalho junto dos mercados, através de ações de promoção e fomento ao consumo de produtos da marca “Açores”, medida que consta da Agenda Para a Criação de Emprego e Competitividade Empresarial.”
Relativamente à proposta de Plano para 2013, Moreira destacou, pela sua importância estratégica, a conclusão do laboratório regional de veterinária, infraestrutura fundamental na alavancagem da qualidade e diversificação dos produtos locais, potenciando a fidelização junto dos consumidores; a construção dos parques de exposições da Terceira e São Miguel; e, os investimentos nos matadouros do Pico e o novo matadouro de São Jorge bem como o apoio à indústria agroalimentar e florestal.
Duarte Moreira salientou ainda a importância de “continuar a apoiar, no âmbito do Quadro Financeiro Plurianual 2014-2020, a modernização e os rendimentos dos agricultores dos Açores, em particular quando o Parlamento Europeu votou pelo fim do regime de quotas leiteiras, contrariando os estudos que apontam para a importância da manutenção deste regime, como tem sido defendido pelo PS, por esta Assembleia e pelo Governo dos Açores. Este é, provavelmente, o maior desafio da agricultura Açoriana. Ultrapassar com sucesso o impacto que o final do Regime de quotas leiteiras poderá ter na produção Regional”.
Sendo a pesca outro pilar fundamental da economia regional e uma das principais fontes de exploração do mar, representando 3,6% do PIB, empregando cerca de 5% da população ativa e com um valor do pescado descarregado em lota superior a 36,7 milhões de euros no ano de 2012, Duarte Moreira elencou as principais ideias fortes para os próximos anos: a manutenção dos apoios à investigação pesqueira no Mar dos Açores; a manutenção dos apoios aos armadores da frota regional de pesca; a manutenção dos apoios às Associações do sector no âmbito dos bons serviços prestados; a manutenção dos mecanismos de apoio aos pescadores, como compensação por períodos de mau tempo; a implementação segura e decisiva na aquicultura, de forma a diminuir a diferença relativa da produção de pescado por esta via, relativamente ao verificado internacionalmente, contribuindo-se para o “alívio” dos bancos de pesca; a implementação da “Marca Açores” ao pescado e produtos da pesca, imprimindo a esta atividade uma imagem amiga do ambiente.
A concluir a intervenção sobre o sector primário, o deputado socialista manifestou confiança nos profissionais do setor, “cada vez mais preparados, desde a produção até à distribuição passando pela transformação, podendo os agricultores, os pescadores e restantes operadores das fileiras produtivas regionais, continuar a contar com o apoio e o trabalho do PS-Açores, deste grupo parlamentar e do Governo dos Açores.